Em 11 de dezembro de 2015, a Educação do Campo ganha uma legitimação do Estado de Minas Gerais por meio da Resolução SEE Nº 2.820 que apresenta as diretrizes para a Educação do Campo no Estado.
A Resolução institucionalizou o entendimento de que compõe a Educação do Campo e sobre os sujeitos que a caracterizam. De acordo com o documento, agricultores familiares, ribeirinhos, população assentada em acampamentos de reforma agrária, trabalhadores assalariados rurais quilombolas, integrantes dos movimentos atingidos pelas barragens, entre outras condições que desenvolvam suas sobrevivências materiais e de existência a partir da relação com a terra, são condições características da modalidade.
A Educação do Campo parte de alguns princípios que dizem respeito à valorização e a apropriação de práticas coletivas de sobrevivência da comunidade como parâmetros para se trabalhar o currículo. Por exemplo, se no Distrito de Senhora do Carmo tem como uma das características a produção e venda de quitandas que contribuem para a subsistência de famílias, essa atividade pode e deve servir de percepção do currículo no intuito de fortalecer os modos de auto sustentabilidade econômica da comunidade.
A relação com a terra, assim, é o cerne da concepção do que diz respeito à Educação do Campo, é por meio da relação de comunidades campesinas que nasce as concepções do que é essa modalidade de oferta educacional, é nessa relação também, que se estabelecem os princípios dessa oferta: O respeito à terra, a escola como espaço político de investigação, o desenvolvimento sustentável, o fortalecimento de formação de professores como reconhecimento de Licenciaturas em Educação do Campo, a flexibilização da organização escolar, como o calendário e para atender às necessidade de subsistências a partir da terra nas comunidades.
A Educação do Campo enquanto política destina-se à qualificação e à ampliação da oferta da Educação Básica tendo como parâmetro o que dispõe o Plano Nacional de Educação, priorizando a diminuição das desigualdades educacionais, principalmente no que diz respeito às diferenças elencadas no âmbito da geografia e à universalização da Educação básica, essa modalidade, assim, deve proporcionar um processo de construção do saber onde a autonomia do estudante seja colocada em destaque para se aprimorar juntamente com uma perspectiva de relação com a terra de forma sustentável.
Acesse aqui a relação de Escolas do Campo dos municípios jurisdicionados à SRE Nova Era
Infográfico da Educação do Campo:
Conheça abaixo um conjunto de legislações que fazem parte de uma perspectiva educacional em que a educação é realizada no campo e não para o campo, pois as populações desses territórios possuem um protagonismo nos processos educativos que visam compreender e legitimar a autonomia dessas populações campinenses.
Diretrizes da Educação do Campo
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) Lei Nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996
Resolução CNE/CEB nº 2, de 28 de abril de 2008
Decreto Nº 7.352, de 04 de novembro de 2010
Resolução CNE/CEB nº 1, de 3 de abril de 2002
Resolução SEE Nº 2.820, de 11 de dezembro de 2015
Relatório do Grupo de Trabalho Educação no Campo
Links úteis:
https://www2.educacao.mg.gov.br/component/gmg/page/16987-educacao-do-campo
https://www.mg.gov.br/servico/ter-acesso-educacao-do-campo
http://www.fetaemg.org.br/site/
https://www.cptnacional.org.br/
Algumas Universidades Mineiras que ofertam a Licenciatura em Educação do Campo:
https://ufmg.br/comunicacao/publicacoes/revista-diversa/edicao/21/licenciatura-em-educacao-do-campo
https://memoria.ifs.ifsuldeminas.edu.br/index.php/superiores/licenciatura/educacao-do-campo-lecca
https://www.educacaodocampo.ufv.br/
RESPONSÁVEIS:
Ana Carolina Rodrigues - Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
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